segunda-feira, 5 de junho de 2017

PF faz 84 perguntas a Temer sobre inquérito do caso JBS.




Do R7, com Reuters e Estadão Conteúdo



Governo tentou impedir que os questionamentos
fossem feitos. Ueslei Marcelino/Reuters
O presidente Michel Temer (PMDB) recebeu na tarde desta segunda-feira (5) um questionário com 84 perguntas a respeito do inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) a que ele responde a partir da delação do empresário Joesley Batista, um dos sócios da JBS.
Os questionários foram entregues inicialmente ao criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, defensor de Temer. Um representante da equipe de Mariz repassou-as a Temer.
A partir do recebimento, o presidente tem 24 horas para responder aos questionamentos, segundo decisão tomada na semana passada pelo ministro Edson Fachin, relator do inquérito no STF. O teor das perguntas, até o momento, não foi tornado público.
Ao contrário do que esperava o Palácio do Planalto, Fachin também decidiu que a PF poderia sim formular perguntas a respeito da conversa gravada entre Joesley e Temer.
O governo tentou, sem sucesso, impedir que esses questionamentos fossem feitos por entender que estava pendente uma perícia no áudio da conversa. Joesley fez a gravação às escondidas — o presidente não sabia que sua visita no Jaburu estava munida de um gravador.
Nessa conversa, Joesley narrou a Temer uma rotina de crimes, como o pagamento de contribuição de R$ 50 mil mensais ao procurador da República Ângelo Goulart e mesada milionária da Eduardo Cunha, em troca do silêncio do ex-presidente da Câmara, preso desde outubro de 2016 na Operação Lava Jato.
Segundo os investigadores, a reunião serviu para Temer "escalar" Rocha Loures como seu interlocutor com a JBS para tratar dos interesses do grupo no governo.
Temer alega que o áudio foi "manipulado, adulterado". O áudio está sendo submetido a uma perícia no Instituto Nacional de Criminalística, braço da Polícia Federal.

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