sexta-feira, 30 de junho de 2017

Reajustes de preços da gasolina e diesel podem ser diários, anuncia Petrobras.





A Petrobras anunciou hoje (30) mudanças na sua política de reajuste dos preços da gasolina e do diesel comercializados em suas refinarias em todo o país. Os reajustes poderão, a partir da próxima segunda-feira (3), ocorrer em menor espaço de tempo, com a possibilidade de ser até diários, dependendo das oscilações do preço do produto no mercado externo.
A revisão da política de preços da estatal foi aprovada quinta-feira (29), pela Diretoria Executiva e comunicada hoje à imprensa e ao mercado pelos diretores de Finanças e Relacionamento com os Investidores, Ivan Monteiro, e de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino.


“Com as alterações, a partir de segunda-feira (3), a área técnica de marketing e comercialização da companhia terá delegação para realizar ajustes nos preços, a qualquer momento, inclusive diariamente, desde que os reajustes acumulados por produto estejam, na média Brasil, dentro de uma faixa determinada (-7% a +7%), respeitando a margem estabelecida pelo Gemp (Grupo Executivo de Mercado e Preços)”, informou a diretoria.


Qualquer alteração fora dessa faixa terá que ser autorizada pelo grupo, composto pelo presidente da estatal Pedro Parente e pelos diretores executivos de Refino e Gás Natural e Financeiro e de Relacionamento com Investidores
Na avaliação do diretor Ivan Monteiro, a mudança “representa um novo marco na politica de preços da companhia ao dar maior liberdade e margem de ação à área comercial, que terá liberdade para praticar [para cima ou para baixo] reajustes até mesmo diariamente”.
A avaliação do diretor da Área de Refino e Gás natural, Jorge Celestino, “os ajustes que vinham sendo praticados, desde o anúncio da nova política em outubro do ano passado, não vinham sendo suficientes para acompanhar a volatilidade crescente da taxa de câmbio e das cotações de petróleo e derivados no mercado externo”.
No entendimento da diretoria da estatal, “com a revisão anunciada, a nova política de preços aprovada permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará à companhia competir de maneira mais ágil e eficiente, recuperando parte do mercado que vinha perdendo para os derivados importados”.
Os diretores fizeram questão de ressaltar que, com as alterações, “os princípios da política de preços, aprovada em outubro de 2016, permanecem inalterados, levando em consideração o preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, impostos (PIS, Cofins e ICMS) e o nível de participação no mercado”.
No último reajuste anunciado pela Petrobras, ainda na vigência da atual política, feito no dia 14, o diesel subiu 5,8% e a gasolina 2,3%.
Os diretores anunciaram, ainda, que os reajustes futuros no preço dos combustíveis passarão a ser divulgados pela internet, no site da companhia (www.petrobras.com.br/precosdistribuidoras) e nos canais internos de comunicação aos clientes.





Fonte: Agência Brasil
Bandeira tarifária nas contas de energia de julho será amarela.



Da Agência Brasil



A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de energia em julho será amarela, o que significa um acréscimo de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o fator que determinou o acionamento da bandeira amarela foi o aumento do custo de geração de energia elétrica.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
Neste ano, as contas de luz já tiveram bandeira vermelha, nos meses de abril e maio, e em junho a bandeira ficou verde. A Aneel já disse que deverá revisar no ano que vem a metodologia que define o acionamento das bandeiras tarifárias, para evitar mudanças bruscas de um mês para o outro.
Segundo a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente da energia elétrica.



Fachin mandar soltar ex-deputado Rocha Loures.





O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator das ações da Lava Jato no Corte, mandou soltar o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), preso há mais de um mês na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Em troca, Loures deverá cumprir algumas medidas cautelates, como recolhimento domiciliar.
Com a decisão, Loures deverá permanecer em casa das 20h às 6h de segunda a sexta-feira, e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados. Ele também deverá ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
O ex-deputado foi flagrado pela PF recebendo uma mala com R$ 500 mil na Operação Patmos, investigação baseada nas informações da delação premiada dos executivos da JBS. Quando Rocha Loures foi preso, Fachin havia atendido a um pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o procurador, a prisão de Loures era “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”.





Fonte: Agência Brasil
IBGE: Desemprego tem leve queda em maio e atinge 13,8 milhões no Brasil.


Do R7


O número de desempregados teve um leve recuo e atingiu 13,8 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta sexta-feira (30).
A taxa de desemprego ficou em 13,3% no trimestre março-abril-maio, contra 13,6% no trimestre fevereiro-março-abril. Mesmo assim, trata-se da maior taxa de desocupação para o trimestre terminado em maio desde o início da série da pesquisa, no 1º trimestre de 2012.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2016, encerrado em maio daquele ano, 2,3 milhões de pessoas engrossaram a lista de desemprego, de acordo com o IBGE.
Por outro lado, o País tem 89,7 milhões de pessoas ocupadas, praticamente o mesmo registrado no trimestre anterior. Porém, na comparação com o trimestre compreendido entre março e maio, houve uma redução de 1,2 milhão de pessoas no mercado de trabalho.
Entre os brasileiros com trabalho, 33,3 milhões têm carteira de trabalho assinada — queda de 1,2 milhão de pessoas na comparação com o trimestre de março a maio de 2016.
Considerando os segmentos diversos da economia brasileira, comparando o trimestre encerrado em maio com o mesmo período de 2016, houve um corte de 793 mil empregados na construção, além de reduções de 684 mil empregados na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura e um recuo de 203 mil empregados de serviços domésticos.
Por outro lado, 568 mil pessoas conseguiram vagas no grupamento alojamento e alimentação e 257 mil no segmento de outros serviços.



Ministro do STF libera Aécio Neves para voltar ao Senado.


Aécio Neves conseguiu no STF o direito de voltar ao
Senado. Jefferson Rudy/10.05.2017/Agência Senado
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello autorizou nesta sexta-feira (30) em decisão monocrática que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) volte à atividade parlamentar. O ministro negou também o pedido de prisão contra o tucano feito pela PGR (Procuradoria Geral da República).
O tucano estava afastado do Senado desde o dia 18 de maio, por decisão do ministro Edson Fachin. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que fez buscas e apreensão em imóveis do tucano em Brasília, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Na mesma ocasião, a irmã de Aécio, Andrea Neves, e o primo dele, foram presos preventivamente.
Na decisão, o Marco Aurélio cita a imunidade parlamentar e diz que não cabe ao Supremo tirar o político do cargo, pois isso feriria, entre outras coisas, a decisão popular que elegeu o senador.


— A liminar de afastamento é, de regra, incabível, sobretudo se considerado o fato de o desempenho parlamentar estar vinculado a mandato que se exaure no tempo. Em síntese, o afastamento do exercício do mandato implica esvaziamento irreparável e irreversível da representação democrática conferida pelo voto popular.



Em outro trecho, o ministro volta a dizer que não há motivos para o afastamento e essa decisão caberia ao próprio Senado.


— O afastamento, em liminar, sem a existência sequer de processo-crime contra o parlamentar, do exercício do mandato é incabível, valendo notar que, no âmbito da Casa Legislativa, do Senado, há de ser resolvida a questão, considerado até mesmo possível processo administrativo político por quebra de decoro, se é que houve. O Judiciário não pode substituir-se ao Legislativo, muito menos em ato de força a conflitar com a harmonia e independência dos Poderes.


Aécio Neves foi um dos alvos da delação premiada de Joesley Batista, um dos donos da JBS. O delator entregou uma gravação na qual o senador tucano pedia R$ 2 milhões ao empresário. A defesa de Aécio alega que o dinheiro seria um empréstimo.



Fonte: R7
'Julho Verde' tem campanha de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço no RN.




O Rio Grande do Norte receberá, durante o mês de julho, ações de prevenção ao câncer de cabeça e pescoço. O estado faz parte da campanha nacional 'Julho Verde', desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.
O objetivo da 'Julho Verde' é conscientizar a população sobre a doença, seus principais fatores de risco e como preveni-la. No Rio Grande do Norte, a campanha é coordenada pelo vice-presidente da SBCCP, Luís Eduardo Barbalho de Mello.
A programação no Rio Grande do Norte contará com palestras, seminário, audiência pública e um evento no Parque das Dunas, que deverá envolver a população sobre os cuidados da prevenção através de palestras e ginástica laboral.


Programação do Julho Verde no RN:



08/07 – 9h: Ação no Parque das Dunas
10/07 – 14h: Audiência Pública na AL/RN
14/07 – 14h: Seminário na UERN em Mossoró/RN





Fonte: G1 RN

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Secretaria de assistência social de Tangará convoca todos os beneficiários do programa bolsa família para atualizarem seus cadastros.




A secretaria Municipal de Assistência Social juntamente com o Cadastro único convoca a todos os usuários dos Programas BOLSA FAMÍLIA, TARIFA SOCIAL DE ENERGIA E BPC a atualizarem seus cadastros. Visto que a falta de atualização dentro dos prazos estabelecidos podem ocasionar o BLOQUEIO E O CANCELAMENTO dos benefícios.

CALENDÁRIO:


JUNHO E JULHO - A, B, C, D, E, F - 19/06 À 31/06
AGOSTO - G, H, I, J, K, L - 01/08 À 31/08
SETEMBRO - M, N - 04/09 À 29/09
OUTUBRO - O, P, Q, R, S, T, U - 02/10 À 31/10
NOVEMBRO - V,W, Y, X, Z - 01/11 À 30/11


DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:


RG
CPF (OBRIGATÓRIO)
TITULO (OBRIGATÓRIO)
CARTEIRA DE TRABALHO (OBRIGATÓRIO)
COMPROVANTE DE ENDEREÇO
CARTÃO COM NIS (OBRIGATÓRIO)
CERTIDÃO DE NASCIMENTO OU CASAMENTO
DECLARAÇÃO ESCOLAR (OBRIGATÓRIO)



OBS: Somente documentos originais e é obrigatório a presença do Titular do cartão.











Fonte: Blog do Robson Freitas
CMN define meta de inflação em 4,25% em 2019 e 4% para 2020.



O Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a meta de inflação para 2019 em 4,25% e para 2020 em 4%. O anúncio foi feito pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo de Oliveira, e o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.
O intervalo de tolerância é 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A meta deve ser perseguida pelo Banco Central.




Fonte: Agência Brasil
Saques acima de R$ 50 mil deverão ser avisados 3 dias antes.



Saques: a medida integra esforços para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro (iStock/Thinkstock)


O Banco Central informou nesta quarta-feira (28) que apertou as regras para saques em espécie de valor a partir de 50 mil reais, que passarão a requerer comunicação prévia dos clientes a seus bancos com três dias de antecedência, dentro de esforços para combater a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Atualmente, a comunicação deve ser feita apenas para saques de 100 mil reais ou mais, e com apenas um dia de antecedência.
No âmbito das mudanças, que passarão a valer em 180 dias, as instituições financeiras também deverão informar ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) as comunicações prévias aos saques e as transações em espécie de valor igual ou superior a 50 mil reais.

“Os ajustes decorrem das discussões da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, que busca aperfeiçoar procedimentos e controles relativos a operações envolvendo recursos em espécie”, explicou o BC em nota.




Fonte: Exame
Brasil registra 2º maior índice de confiança na mídia




Por Anna Ruth, Politica em Foco




O jornal O Globo, edição de hoje, traz a informação de que o Brasil é um dos países em que essa confiança é mais forte. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, 60% dos entrevistados no Brasil confiam nas notícias veiculadas pelas empresas de comunicação — atrás apenas da Finlândia, com 62%. Foram entrevistadas mais de 70 mil pessoas em 36 países. A confiança também é alta em Portugal, Polônia e Holanda, mas, na Coreia do Sul, fica em 23%. A média dos países pesquisados é de 43%.
O “Relatório de Jornalismo Digital 2017” aponta ainda que as redes sociais vêm sentindo os reflexos negativos da proliferação das chamadas fake news, ou notícias falsas. Com isso, o Facebook, por exemplo, vem perdendo espaço em diversos países, inclusive no Brasil. Segundo o estudo britânico, aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, têm ganho espaço. O estudo cita o fato de estes permitirem uma comunicação mais privada e não filtrarem o seu conteúdo através de algoritmos, como faz o Facebook.
No Brasil, 46% dos entrevistados disseram usar o WhatsApp para acessar e compartilhar notícias, um aumento de 7 pontos percentuais frente ao ano anterior. O Facebook é a escolha de 57% dos entrevistados — uma queda de 12 pontos percentuais em relação a 2016. Em 2014, o WhatsApp foi comprado pelo Facebook. Já o YouTube, da Google, é fonte de informação para 36% dos entrevistados, contra 35% um ano antes.


Em reunião com prefeitos e deputado, Robinson encaminha pleitos do interior.




O governador Robinson Faria recebeu nesta quarta-feira, 28, prefeitos de quatro municípios para tratar de pleitos das administrações. A primeira audiência foi com o prefeito de Campo Grande, Manoel Veras, que solicitou      apoio para melhorias no serviço de saúde, instalação de uma maternidade e reforço na segurança pública.
Em seguida o Governador recebeu o prefeito de Touros, Assis do Hospital, que solicitou a recuperação da estrada que liga a praia de Carnaubinha ao município de Rio do Fogo e abastecimento de água das comunidades Chico Mendes I e II, Tubiba, Encanto e Baixa Furna.
Na terceira audiência, Robinson Faria atendeu o prefeito de Ipanguaçu, Valderedo Bertoldo, que solicitou a instalação do programa Moradia Cidadã Municípios, recuperação de estradas e o reforço nas operações de segurança pública.
Na quarta audiência da manhã deste dia 28, o Governador ouviu a prefeita de Boa Saúde, Maria Edice, que veio acompanhada dos vereadores Andressa Edna, Danilo Gabriel, Dinho dos Miguel e Rosangela Vechi. A prefeita solicitou apoio para a construção de um binário no centro da cidade para facilitar o tráfego de veículos pesados que transportam a produção local de mandioca e de açúcar dos municípios próximos. E também melhorias nas estradas que fazem a ligação com os municípios de Serrinha e Serra Caiada.
O Governador encaminhou os pleitos às secretarias responsáveis e determinou agilidade no atendimento. “Estamos trabalhando forte, enfrentando as dificuldades agravadas com a crise nacional, os sete anos de seca, mas buscando soluções para as demandas. Estamos levando ações para os municípios como recuperação de estradas, apoio à produção, apoio à agricultura familiar, o Microcrédito Empreendedor, ações de cidadania com o Vila Cidadã, reestruturação das unidades de saúde, construção e reforma de unidades prisionais e várias outras ações que têm impacto direto junto à população que mais precisa do Governo”, afirmou Robinson Faria, logo após as audiências que foram acompanhadas também pelo deputado estadual José Adécio.



Fonte: ASSECOM/RN
Cármen Lúcia envia à Câmara denúncia da PGR contra Temer.



Do G1


A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, enviou nesta quinta-feira (29) ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer pela acusação de corrupção passiva. O documento chegou à Câmara às 9h26, e foi entregue por um servidor do STF.
Caberá a Maia, agora, definir as datas de tramitação do caso na Câmara, a quem cabe, por votação, autorizar o STF abrir processo criminal contra presidente.


ENTENDAA tramitação da denúncia contra Temer


A primeira providência é notificar Temer a apresentar uma defesa prévia sobre a acusação. A última etapa é a votação em plenário, na qual são necessários 342 votos entre os 513 deputados para autorizar a abertura do processo.
O envio direto à Câmara teve apoio de Temer, que pretende dar celeridade à tramitação para decisão da Câmara ainda em julho. Outra hipótese, já descartada, fosse que o processo se arrastasse no STF por mais alguns dias até que fossem protocoladas a defesa na própria Corte, antes do envio à Câmara.


Entenda abaixo cada etapa de tramitação na Câmara:


Prazo para a defesa


A partir da notificação, a defesa de Temer terá até dez sessões do plenário da Câmara para enviar seus argumentos, se quiser. Para a contagem do prazo, é levada em consideração qualquer sessão de plenário, seja de votação ou de debate, desde que haja quórum mínimo para abertura (51 deputados presentes). Se houver mais de uma sessão no dia, apenas uma será validada. Não são computadas as sessões solenes e as comissões gerais.


CCJ analisa


Assim que a defesa de Temer entregar as alegações, o regimento dá a CCJ prazo de até cinco sessões do plenário para se manifestar sobre a denúncia. Nesse período, o relator a ser designado pelo presidente da CCJ deverá apresentar um parecer, concordando ou não com o prosseguimento da denúncia.
Os membros da CCJ poderão pedir vista do processo (mais tempo para análise) por duas sessões plenárias antes de discutir e votar o parecer, que será pelo deferimento ou indeferimento do pedido de autorização para instauração de processo.
Antes de ser votado no plenário, o parecer da CCJ terá de ser lido durante o expediente de uma sessão, publicado no "Diário da Câmara" e incluído na ordem do dia da sessão seguinte à do recebimento pela mesa diretora da Câmara.
O regimento não define quando o presidente da CCJ deverá escolher o relator, mas o deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) disse a imprensa que pretende fazê-lo o quanto antes. Ele poderá indicar qualquer um dos outros 65 membros titulares da comissão. Nos bastidores, nomes cotados são os dos deputados Alceu Moreira (PMDB-RS), Marcos Rogério (DEM-RO), Esperidião Amin (PP-SC) e Sergio Zveiter (PMDB-RJ).
Pacheco, porém, não revela quem tem em mente. Diz apenas o que levará em conta na sua escolha. “Vou considerar conhecimento jurídico sobre matéria penal, independência, bom senso e assiduidade na CCJ”, afirma.


Decisão pelo plenário


O parecer discutido na comissão será incluído na pauta de votação do plenário na sessão seguinte de seu recebimento pela Mesa Diretora, depois da apreciação pela CCJ. Após discussão, o relatório será submetido a votação nominal, pelo processo de chamada dos deputados.
O regimento define que a chamada dos nomes deve ser feita alternadamente, dos estados da região Norte para os da região Sul e vice-versa. Os nomes serão enunciados, em voz alta, por um dos secretários da Casa. Os deputados levantarão de suas cadeiras e responderão ‘sim’ ou ‘não’, no mesmo formato da votação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.


Aprovação da denúncia


O parecer é aprovado se tiver o apoio de ao menos dois terços do total de 513 deputados, ou seja, 342 votos. Caso isso ocorra, será autorizada a instauração do processo no Poder Judiciário.
No passo seguinte, os 11 ministros do STF votam para decidir se o presidente Michel Temer vira réu. Nesse caso, ele é afastado do cargo por 180 dias.
O presidente só perde o cargo definitivamente se for condenado pelo Supremo. Quem assume o cargo é o presidente da Câmara, que convoca eleições indiretas em um mês. Segundo a Constituição, o novo presidente da República seria escolhido pelo voto de deputados e senadores.


Rejeição da denúncia


No caso de rejeição da denúncia pela Câmara, o efeito ainda é incerto, segundo a assessoria de imprensa do STF, e pode ser definido pelos ministros ao analisar esse caso específico.
Na avaliação de técnicos da Câmara, se a denúncia for rejeitada pelos deputados, o Supremo fica impedido de dar andamento à ação, que seria suspensa, mas não seria arquivada.
O processo, para esses técnicos que assessoram a presidência da Casa, poderia ser retomado somente após o fim do mandato do presidente.



Mais da metade dos brasileiros que usam cartão de crédito não controla os próprios gastos.



Do R7



Ter um cartão de crédito é sinônimo de comodidade e poder comprar a qualquer hora, mas sem um mínimo de disciplina e organização, o bolso do consumidor pode sofrer sérios abalos.
De acordo com estudo feito pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) em todas as capitais do País, 57% dos usuários de cartão de crédito não controlam de maneira adequada os gastos realizados com esse meio de pagamento.
As atitudes mais comuns dos entrevistados são consultar pela internet a fatura antes do fechamento (28%), ler a fatura quando ela já está fechada (15%) e fazer o controle de cabeça (13%). Os que não fazem qualquer controle são 1%.
O controle total e sistemático dos gastos no cartão de crédito é feito por 38% dos usuários, sendo que 21% anotam os gastos no papel, 11% utilizam planilhas e 6% registram as compras em aplicativos no celular.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, afirma que o cartão de crédito é tratado por muitos como o vilão do orçamento, mas pode ser um aliado do consumidor se utilizado adequadamente.


— É fácil tirar o cartão do bolso e pagar uma despesa. Porém, se não houver disciplina, mais fácil ainda é perder a noção do quanto foi gasto e ultrapassar os limites do orçamento. O controle financeiro é fundamental para evitar esse tipo de problema.



Juros


O levantamento revela ainda um comportamento negligente do consumidor. Em um ano, cresceu o percentual de usuários de cartão de crédito que não sabem a taxa de juros cobradas quando se atrasa o pagamento da fatura. Em 2016, 55% dos adeptos da modalidade desconheciam os valores. Hoje, são 59% que ignoram o custo do atraso.
No geral, quatro em cada dez (38%) entrevistados já ficaram, em algum momento, com o nome sujo por não pagarem a fatura do cartão de crédito e 11% estão atualmente com alguma parcela em atraso.
De acordo com a pesquisa, 90% dos usuários de cartão reconhecem que essa forma de pagamento impõe riscos a vida financeira do consumidor, principalmente por conta dos juros elevados em casos de atraso no pagamento (40%), risco de clonagem do cartão (31%) e por incentivar às compras impulsivas (27%). Apenas 8% dos entrevistados não veem qualquer risco na utilização do cartão de crédito.
Em média, os usuários de cartão utilizam essa modalidade de pagamento 21 vezes por ano, sendo que 36% o utilizam ao menos três vezes por mês. A pesquisa procurou saber as razões para a grande aceitação do cartão de crédito como meio de pagamento entre os brasileiros e descobriu que a possibilidade de parcelamento é a vantagem mais sentida, mencionada por 23% da amostra.
A popularidade do cartão é tão elevada que 47% dos entrevistados já deixaram de comprar em estabelecimentos que não aceitam cartão de crédito e, inclusive, dizem evitar lugares que não oferecem essa modalidade como meio de pagamento. Nesses casos, os tipos de lojas mais citados são bares, restaurantes e lanchonetes (38%), lojas de roupas, calçados e acessórios (37%) ou pequenos estabelecimentos que vendem alimentos e produtos para casa (27%).
Quatro em cada dez (44%) desses entrevistados possuem apenas um cartão de crédito na carteira, mas há aqueles que não se contentam com essa quantidade. A pesquisa mostra que 38% dos consumidores ouvidos possuem dois ou três cartões. Os que andam com quatro ou mais cartões consigo somam 12% desses consumidores.
O principal motivo para aqueles que têm mais de um cartão é que há estabelecimentos que não aceitam todas as bandeiras, então quando um é recusado, utiliza-se o outro (39%). Há ainda 37% de entrevistados que para conseguir melhores prazos, revezam os cartões de acordo com a data de fechamento da fatura.

Temer indica Raquel Dodge para PGR no lugar de Rodrigo Janot.


Indicação de Dodge ainda será submetida ao Senado
Federal. Ueslei Marcelino/Reuters
O presidente Michel Temer indicou nesta quarta-feira (28) a subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, para substituir Rodrigo Janot na PGR (Procuradoria-Geral da República), afirmou o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola.


— A doutora Raquel Dodge é a primeira mulher a ser nomeada para a Procuradoria-Geral da República. 


Com a indicação, Temer quebra a tradição mantida pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de nomear sempre o primeiro colocado da listra tríplice eleita pela categoria. Raquel Dodge ficou em segundo lugar na eleição interna da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).
O primeiro colocado da votação, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, é aliado de Janot, que no início da semana denunciou Temer por corrupção passiva. A Constituição confere ao presidente a prerrogativa de escolher o chefe do Ministério Público Federal. O presidente não é obrigado a seguir nenhuma indicação da lista.
A indicação de Raquel para substituir Janot, que encerra o mandato em 17 de setembro, terá de ser submetida ao Senado. Os senadores vão precisar sabatinar e aprovar o nome da indicada em votação secreta no plenário da Casa.


Raquel Dodge


Raquel Elias Ferreira Dodge é subprocuradora-Geral da República e oficia no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em matéria criminal. Integra a 3ª Câmara de Coordenação e Revisão, que trata de assuntos relacionados ao Consumidor e à Ordem Econômica. É membro do Conselho Superior do Ministério Público pelo terceiro biênio consecutivo.
Dodge foi Coordenadora da Câmara Criminal do MPF, membro da 6ª Câmara, Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão Adjunta. Atuou na equipe que redigiu o I Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil, e na I e II Comissão para adaptar o Código Penal Brasileiro ao Estatuto de Roma.
A indicada também atuou na Operação Caixa de Pandora e, em primeira instância, na equipe que processou criminalmente Hildebrando Paschoal e o Esquadrão da Morte. Ela é mestre em direito pela Universidade de Harvard e ingressou no MPF (Ministério Público Federal) em 1987.




Fonte: Do R7, com Reuters e Estadão Conteúdo
Cardeal australiano George Pell é acusado de pedofilia; religioso nega.


O cardeal australiano George Pell, ministro da Fazenda do Vaticano, em foto de 6 de março de 2013 (Foto: Reuters/Tony Gentile)


O cardeal australiano George Pell, encarregado de Finanças do Vaticano, foi acusado de pedofilia pela polícia da Austrália nesta quinta-feira (29). O religioso nega as acusações e pediu licença ao Vaticano para preparar sua defesa.

“O cardeal Pell enfrenta múltiplas acusações em relação a históricos crimes sexuais. Há várias reclamações relacionadas a essas acusações”, disse o vice-comissionário da polícia estadual de Victoria, Shane Patton, em uma coletiva de imprensa em Melbourne, sem dar detalhes sobre as acusações.

Pell foi acusado por convocação para se apresentar na corte de Melbourne no dia 18 de julho, disse Patton.
O cardeal reagiu negando "vigorosamente" todas as acusações de abuso sexual contra crianças e afirmou que viajará à Austrália para limpar seu nome. "Sou inocente, estas acusações são falsas. Desejo ter finalmente a oportunidade de comparecer à justiça ", declarou o número três do Vaticano, antes de anunciar que pretende retornar a seu país.
Segundo a agência Efe, Pell, máximo representante da igreja católica australiana, é suspeito de ter abusado sexualmente de menores quando era sacerdote na cidade de Ballarat (1976-80) e quando foi arcebispo de Melbourne (1996-2001), ambas em Victoria.
Em um comunicado, o Vaticano informa que o Papa Francisco foi informado sobre o pedido do cardeal e que, durante sua ausência, a secretaria de Assuntos Econômicos da Santa Sé prosseguirá com suas atividades de modo normal, segundo a France Presse.

"O Santo Padre, que valoriza a honestidade do cardeal Pell durante seus três anos de trabalho na Santa Sé romana, reconhece sua colaboração e, de modo concreto, sua enérgica entrega a favor das reformas no setor administrativo e econômico", afirma o Vaticano no texto.

A Santa Sé também expressa respeito pelo sistema judiciário australiano, mas destaca que é "importante recordar que o cardeal Pell condenou de forma aberta e repetida os atos de abuso (sexual) como imorais e intoleráveis".
O comunicado também recorda que Pell já colaborou com as autoridades de seu país, apoiou a Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores e, como arcebispo da Austrália, "introduziu sistemas e procedimentos para a proteção dos menores e para proporcionar ajuda às vítimas de abusos".
Pell já havia negado acusações de pedofilia em 2016. Acusado de encobrir um padre pedófilo nos anos 80, o cardeal tinha sido chamado a depor pela comissão que investiga a resposta institucional aos casos de abuso sexual dentro das organizações religiosas, estaduais e públicas.
No entanto, dez dias antes de sua audiência, jornais australianos publicaram informações, acusando-o de cometer pessoalmente abusos sexuais contra crianças quando era padre. Na ocasião, em uma nota, ele negou "firmemente" as acusações.
Anteriormente ele foi acusado de tentar comprar o silêncio de uma vítima de um padre pedófilo, o que também negou e acusação pela qual se disse "horrorizado" há dois anos.





Fonte: G1

Renan Calheiros anuncia que deixa liderança do PMDB no Senado.



O senador Renan Calheiros (AL) anunciou nesta quarta-feira (28) em plenário que decidiu deixar a liderança do PMDB no Senado. A escolha do novo líder será no próximo dia 4.
Segundo a colunista do G1Andréia Sadi, o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), articula para o senador Garibaldi Alves (RN) assumir o posto. Garibaldi, porém, nega interesse na vaga e defende que Raimundo Lira (PB) substitua Renan.
Ex-presidente do Congresso Nacional, Renan passou a ocupar a função no início deste ano e, desde então, tem adotado postura contrária ao governo do presidente Michel Temer, criticando, principalmente, as reformas da Previdência Social e trabalhista.

"Deixo a liderança do PMDB. Devolvo, agradecido aos meus pares, o honroso cargo, que procurei exercer com a dignidade merecida, sempre orientado pelos objetivos mais permanentes no país."


Na sequência do discurso, Renan fez duras críticas ao governo e afirmou que não serve para ser "marionete".
Ao plenário, o senador acrescentou que, se permanecesse na função, isso significaria que ele havia decidido ceder às exigências de um governo que trata o PMDB como um "departamento" do Poder Executivo.

"Ingressamos num ambiente de intrigas, provocações, ameaças e retaliações, impostas por um governo, suprimindo o debate de ideias e perseguindo parlamentares."


'Vocação para marionete'


Ao dizer que não tem "a menor vocação para marionete", Renan Calheiros afirmou que o governo do presidente Michel Temer não tem credibilidade para conduzir as reformas propostas ao Congresso Nacional.
Para o senador, as reformas sacrificam os mais pobres e discriminam regiões e, por isso, ele decidiu "ficar com a sociedade".

"Estamos diante da degradação do bicameralismo, com a imposição da vontade de uma Casa à outra, sobretudo quando essa vontade é contrária aos direitos das pessoas mais pobres. Cabe-nos aceitar a situação ou reagir a ela. De minha parte, não tenho a menor vocação para marionete. O Governo não tem credibilidade para conduzir essas reformas exageradas, desproporcionais, que, antes de resolverem o problema, agravam a questão social."




O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


Postura 'covarde' de Temer


No discurso, de pouco mais de 15 minutos, Renan Calheiros disse, ainda, que não "detesta" Michel Temer, mas não "tolera" a postura "covarde" do presidente de "desmonte" das leis trabalhistas.
Ao avaliar que a situação política do país é "gravíssima", o senador acrescentou, na sequência, que a crise tem se aprofundado todos os dias e, por isso, cabe ao Congresso Nacional defender os interesses do país, sem que os parlamentares se apeguem a cargos no governo.

"Não detesto Michel Temer. Não é verdade o que dizem. Longe disso. Não tolero é a sua postura covarde diante do desmonte da Consolidação do Trabalho. A situação econômica e política do país é gravíssima. Todos os dias vemos o aprofundamento do caos e começamos a trilhar um preocupante caminho que, ao longo da história do Brasil, nunca acabou bem"

O Palácio do Planalto informou à TV Globo que não comentará as declarações de Renan.
Em outro momento, durante entrevista a jornalistas, o senador disse, ainda, que o governo "é como cobra, até morto faz medo".
Influência de Cunha
No pronunciamento desta quarta, Renan voltou a dizer, como tem feito desde o início do ano, que o governo de Michel Temer é influenciado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba.

"Como mudar o pensamento de um governo comandado por Eduardo Cunha?"

Renan, então, se referiu às delações de executivos da JBS segundo as quais Temer deu aval para pagamentos de propina a Cunha para evitar que o ex-deputado feche acordo de delação - o presidente nega.
Na sequência, o senador disse que o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), aliado de Temer, cometeu "ledo engano" ao dizer em Cunha estava "politicamente morto". Os "últimos acontecimentos", acrescentou Renan, mostram que o deputado, mesmo preso, nomeou ministros e deu ordens ao governo.




Fonte: G1

CCJ do Senado aprova relatório da reforma trabalhista; texto vai a plenário.



Após cerca de 14 horas de sessão, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) o relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) favorável à reforma trabalhista e sem alterações ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados. A CCJ também aprovou o regime de urgência para o projeto, ou seja, o texto já pode ser votado em plenário após duas sessões.
Enviada pelo governo no ano passado, a reforma estabelece pontos que poderão ser negociados entre empregadores e empregados e, em caso de acordo coletivo, terão força de lei.
Com a aprovação do texto-base e a rejeição de 3 emendas (sugestões de alteração à redação), a reforma seguirá para votação no plenário do Senado, juntamente com os pareceres da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), favorável ao texto, e da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), pela rejeição da proposta.
A ideia de senadores aliados do governo é colocar em votação no plenário o parecer da CAE, do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que não modifica o texto da Câmara, mas sugere alterações a serem feitas pelo presidente da República, Michel Temer, por meio de vetos e edição de medida provisória.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse nesta quarta que pretende colocar o projeto em votação antes do recesso parlamentar, que começa no dia 17 de julho. Eunício afirmou que, "se for possível", a análise da proposta será concluída já na próxima semana.
No relatório aprovado nesta quarta, Jucá rejeitou todas emendas (sugestões de alteração) apresentadas ao texto. Mais de 200 propostas de modificação foram apresentadas na CCJ.
A estratégia do governo é aprovar no Senado o mesmo texto aprovado pela Câmara, evitando mudanças, o que provocaria a devolução da proposta à Câmara.


Ponto a ponto


Enviada pelo governo Temer ao Congresso no ano passado, a reforma trabalhista estabelece pontos que poderão ser negociados entre patrões e empregados e, em caso de acordo coletivo, passarão a ter força de lei.

Entre outras regras, a reforma trabalhista prevê:


>> ACORDOS COLETIVOS


Terão força de lei e poderão regulamentar, entre outros pontos, jornada de trabalho de até 12 horas, dentro do limite de 48 horas semanais, incluindo horas extras;
Atualmente, acordos coletivos não podem se sobrepor ao que é previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).


>> JORNADA PARCIAL


Poderão ser de até 30 horas semanais, sem hora extra, ou de até 26 horas semanais, com acréscimo de até seis horas (nesse caso, o trabalhador terá direito a 30 dias de férias);
Atualmente, a jornada parcial de até 25 horas semanais, sem hora extra e com direito a férias de 18 dias.


>> PARCELAMENTO DE FÉRIAS


Poderão ser parceladas em até três vezes. Nenhum dos períodos pode ser inferior a cinco dias corridos e um deles deve ser maior que 14 dias (as férias não poderão começar dois dias antes de feriados ou no fim de semana);
Atualmente, as férias podem ser parceladas em até duas vezes. Um dos períodos não pode ser inferior a dez dias corridos.


>> GRÁVIDAS E LACTANTES



Poderão trabalhar em locais insalubres de graus "mínimo" e "médio", desde que apresentem atestado médico. Em caso de grau máximo de insalubridade, o trabalho não será permitido;
Atualmente, grávidas e lactantes não podem trabalhar em locais insalubres, independentemente do grau de insalubridade.


>> CONTRIBUIÇÃO SINDICAL


Deixará de ser obrigatória. Caberá ao trabalhador autorizar o pagamento;
Atualmente, é obrigatória e descontada uma vez por ano diretamente do salário do trabalhador.


>> TRABALHO EM CASA


A proposta regulamenta o chamado home office (trabalho em casa);
Atualmente, esse tipo de trabalho não é previsto pela CLT.


>> INTERVALO PARA ALMOÇO


Se houver acordo coletivo ou convenção coletiva, o tempo de almoço poderá ser reduzido a 30 minutos, que deverão ser descontados da jornada de trabalho (o trabalhador que almoçar em 30 minutos poderá sair do trabalho meia hora mais cedo);
Atualmente, a CLT prevê obrigatoriamente o período de 1 hora para almoço.


>> TRABALHO INTERMITENTE


Serão permitidos contratos em que o trabalho não é contínuo. O empregador deverá convocar o empregado com pelo menos três dias de antecedência. A remuneração será definida por hora trabalhada e o valor não poderá ser inferior ao valor da hora aplicada no salário mínimo;
Atualmente, a CLT não prevê esse tipo de contrato.


>> AUTÔNOMOS


As empresas poderão contratar autônomos e, ainda que haja relação de exclusividade e continuidade, o projeto prevê que isso não será considerado vínculo empregatício;
Atualmente, é permitido a empresas contratar autônomos, mas se houver exclusividade e continuidade, a Justiça obriga o empregador a indenizar o autônomo como se fosse um celetista.



Carta de Temer



Durante a reunião desta quarta, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), leu uma carta do presidente Temer na qual o governo se comprometeu a fazer as alterações propostas por senadores da base ao projeto.
Na carta, Temer diz ter o "compromisso de que os pontos tratados como necessários para os ajustes colocados ao líder do governo, Romero Jucá, e à equipe da Casa Civil serão assumidos pelo governo, se esta for a decisão final do Senado da República".
Jucá também apresentou um documento em que elenca os pontos do projeto que deverão ser modificados pelo presidente.
Entre os quais, a regulamentação do trabalho intermitente, a jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, a participação sindical nas negociações coletivas, a questão do trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres e o contrato com o trabalhador autônomo.





Fonte: G1