Câmara
rejeita requerimento para acelerar tramitação da reforma trabalhista.
Da Agência Brasil
Mesmo
com a intenção do governo de acelerar a tramitação da reforma trabalhista na
Câmara dos Deputados, o projeto terá que ser discutido e votado na comissão
especial seguindo o rito usual, já que o plenário não aprovou o requerimento de urgência para
apreciação da proposta. Eram necessários 257 votos para a aprovação, mas a base
aliada só conseguiu mobilizar 230 deputados favoráveis à urgência da matéria. O
pedido teve 163 votos contrários. Com isso, o projeto terá que ser discutido e
votado na comissão especial da reforma trabalhista antes de ser levado para
apreciação no plenário.
A
intenção do governo era pular etapas e colocar o projeto para ser votado -
tanto na comissão quanto no plenário - já na próxima semana. Com a rejeição da
urgência, alguns prazos terão que ser obedecidos na comissão, entre eles duas
sessões para vista do parecer e prazo de cinco sessões para apresentação de
emendas, além da discussão e votação no colegiado.
O
deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) atribuiu o resultado a um movimento de
articulação da oposição no plenário. “Começamos a organizar isso aqui nesta
manhã, agitamos o plenário, mostramos que não aceitamos a retirada do direito
de trabalhadores com uma tentativa de desviar o foco da corrupção. A base do
governo ficou nervosa, se desesperou com a iniciativa nossa”, disse.
Antes
da votação, deputados da oposição chegaram a ocupar a Mesa Diretora dos
trabalhos da Casa. Com cartazes na mão, eles criticaram a “pressa” do governo
em votar a reforma trabalhista que, segundo a oposição, retira direitos dos
trabalhadores. A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) chegou a sentar na cadeira de
presidente da Casa.
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