Ministro
do TSE envia aos colegas relatório parcial sobre chapa Dilma-Temer.
O
ministro Herman Benjamin, relator no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das ações que pedem a cassação da chapa Dilma-Temer,
enviou aos outros seis ministros da corte um relatório parcial que resume as
acusações, depoimentos e provas do caso.
Ele
informou aos colegas que determinou que todas as partes apresentem uma posição
final - PT, PMDB, PSDB e o Ministério Público Eleitoral. Benjamin também disse
que depois que receber o material vai enviar um relatório definitivo aos demais
ministros do TSE.
O
relatório ainda não apresenta a posição do relator sobre se a chapa deve ou não
ser cassada, o que poderia tirar o mandato de Michel Temer. Isso só será feito
no voto dele durante o julgamento das ações, o que ainda não tem data para
acontecer. Há expectativa de que seja no mês que vem.
Foram
ouvidas no decorrer do processo 58 testemunhas, inclusive ex-executivos da
construtora Odebrecht. Também foram realizadas perícias técnicas.
O
relatório de Benjamin vai ser uma manifestação sobre quatro ações que chegaram
ao TSE em dezembro de 2014, após as eleições presidenciais. Elas foram
apresentadas pelo PSDB e apontam abuso de poder político e econômico por parte
da chapa eleita. Entre as irregularidades apontadas estão que dinheiro desviado
da Petrobras abasteceu as contas da campanha.
O
que dizem as defesas
Desde
que as investigações sobre a campanha de Dilma e Temer começaram, a defesa da
chapa vencedora nega ter cometido irregularidades e diz que todas as doações
foram devidamente informadas à Justiça Eleitoral.
Em
meio à fase de coleta de provas, a defesa de Dilma afirmou ao tribunal que
houve "falhas" nas perícias da PF e pediu novas diligências nas
gráficas. Os peritos, entretanto, reafirmaram as conclusões de que as gráficas
não prestaram os serviços pelos quais foram contratadas e pagas.
No
ano passado, os advogados de Temer pediram ao TSE para separar as
contas e para o peemedebista responder às ações separadamente, sob a alegação
de que houve arrecadações separadas, sendo uma para Dilma e outra, para ele.
Os
advogados do atual presidente da República também negaram ao TSE que Temer e o
PMDB tenham responsabilidade sobre a contratação de gráficas investigadas pela
Corte eleitoral.
Fonte: G1
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