Governo
bloqueia 9,5 mil pedidos de seguro-desemprego por suspeita de fraude.
O
Ministério do Trabalho bloqueou o pagamento de 9,5 mil requerimentos de
seguro-desemprego desde a implementação do sistema antifraude, em dezembro de
2016. O total equivale a R$ 52 milhões em benefícios.
Segundo
o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a plataforma antifraude tem 30
trilhas de auditoria a partir do CPF do requerente do seguro-desemprego ou do
abono social. Neste momento, está em operação apenas uma trilha de
rastreamento, mas as demais serão implantadas até julho, ampliando a capacidade
de verificação de possíveis fraudes.
“O resultado é
extraordinário porque com apenas uma trilha de auditoria em funcionamento nós
já evitamos o pagamento indevido de R$ 52 milhões. Quando tivermos as 30
trilhas em funcionamento, com certeza todos esses resultados serão
aprimorados”, disse o ministro em entrevista à TV NBR.
A
primeira checagem de dados, feita em requerimentos de agosto a dezembro de
2016, identificou cerca de 45 mil pedidos suspeitos de fraude, que ainda estão
sendo investigados, no valor de R$ 145 milhões. A estimativa para 2017 é evitar
o pagamento indevido de R$ 1,3 bilhão.
“É dinheiro que pertence
ao trabalhador e não é justo que ele seja utilizado para sustentar e
potencializar ações criminosas. Existem quadrilhas organizadas para fraudar o
dinheiro dos trabalhadores”, disso o ministro.
As
fraudes comprovadas são comunicadas à Polícia Federal. Quem tiver o
seguro-desemprego bloqueado deve procurar o Ministério do Trabalho, pois
existem casos em que o próprio trabalhador não sabe que seus dados foram
utilizados por fraudadores.
Em
2016, foram pagos cerca de R$ 36 bilhões em seguro-desemprego no Brasil. “Esse
dinheiro originado do Fundo de Garantia do trabalhador precisa cumprir sua
finalidade pró-trabalhador, precisa dar sustentabilidade ao fundo para
pagamento do seguro, do abono, para cumprir sua finalidade social de
investimento em habitação, infraestrutura e saneamento e para manter os ativos
de uma forma saudável e sustentável, porque essa poupança pertence ao
trabalhador”, disse Nogueira.
Fonte: Agência Brasil
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