Presos
envolvidos em chacina em Manaus são transferidos para prisões federais.
Dezessete
presos foram transferidos hoje (11) de estabelecimentos prisionais do Amazonas
para presídios federais de segurança máxima. Segundo o Comitê Estadual de Gerenciamento
de Crise do Sistema Penitenciário, que reúne representantes dos órgãos do
sistema de Segurança Pública e de Administração Penitenciária, os detentos
remanejados são suspeitos de ter comandado e participado dos assassinatos de
pelo menos 60 internos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da
Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) nos primeiros dias do ano.
As
transferências foram autorizadas pela Justiça Federal. Quatorze presos cumpriam
pena no Compaj e três na UPP. As autoridades públicas estaduais não confirmaram para quais presídios federais cada preso foi levado.
Veja abaixo a relação nominal dos 17 transferidos.
Entre
os presos transferidos está Márcio Ramalho Diogo. Conhecido pelo apelido de
Garrote, Diogo já havia sido citado pelo titular da Delegacia Especializada em
Homicídios e Sequestros, delegado Ivo Martins, como um dos primeiros sete
primeiros detentos identificados como “autores intelectuais e também materiais”
da chacina do Compaj. Além disso, já em 2015, quando deflagrou a operação La
Muralla, uma das maiores ações contra o tráfico de drogas já realizadas no
Brasil, a Polícia Federal identificou Diogo como um dos líderes da facção
criminosa Família do Norte, que disputa o controle do narcotráfico na região
Norte do país. Garrote aparece em uma foto tirada pelos próprios presos, dentro
de uma cela do Compaj, exibindo armas e comemorando o assassinato de presos de
uma organização rival.
Mutirão
Nesta
quinta-feira (12), um grupo de defensores públicos e de servidores do
Departamento Penitenciário Nacional (Depen) vai começar a fazer um diagnóstico
para catalogar o número de processos judiciais de presos do Amazonas. Segundo o
defensor público geral do estado, Rafael Barbosa, o diagnóstico servirá para
definir a estrutura e o pessoal necessários para a realização de um mutirão de
revisão dos processos de detentos do sistema prisional amazonense. O mutirão
deverá avaliar os processos de presos, dos regimes fechado e provisório, e
identificar em quais há a possibilidade de progressão de regime ou aplicação de
penas alternativas para aqueles que cometeram crimes sem violência ou grave
ameaça.
Fonte: Agência Brasil
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