Acordo
sobre eliminação progressiva de gases é adotado em Ruanda.
Após
uma noite de negociações, quase 200 países assinaram neste sábado (15), em Kigali,
capital de Ruanda, um acordo que visa à eliminação progressiva dos
hidrofluorocarbonos (HFC), um dos gases do efeito estufa considerados muito
nocivos para o clima.
"No ano passado, em
Paris [durante a COP21], prometemos proteger o mundo dos piores efeitos da
mudança climática. Hoje honramos esta promessa", afirmou o diretor do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Erik Solheim, citado em
um comunicado, segundo a France Presse.
Juridicamente
vinculante, o acordo de Kigali supõe um passo importante na luta contra o
aquecimento climático e permite dar um sinal positivo a menos de um mês da
próxima grande conferência anual sobre o clima, a COP 22, em Marrakesh (Marrocos).
Alcançado
depois de uma noite inteira de negociações, o acordo, que introduz uma emenda
ao Protocolo de Montreal sobre a proteção da camada de ozônio, foi amplamente
celebrado, apesar de alguns lamentarem que países como a Índia ou
os do Golfo tenham decidido iniciar sua transição mais tarde que outros.
"Não era totalmente
o que desejávamos, mas continua sendo um bom acordo", declarou o
representante das Ilhas Marshall, Mattlan Zackhras. "Todos sabemos que
temos que fazer mais e faremos mais".
A
eliminação dos HFC, usados em geladeiras, frigoríficos e aparelhos de ar
condicionado, é um tema espinhoso para a Índia, e foram requisitadas várias
reuniões bilaterais na sexta, inclusive com a participação do secretário de
Estado americano, John Kerry, para desbloquear as
conversações.
O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, celebrou o novo acordo
"ambicioso", segundo a agência Efe. “Durante muitos anos, os EUA
trabalharam sem descanso para encontrar uma solução global que permitisse
eliminar gradualmente a produção e o consumo de hidrofluorocarbonetos. Hoje, em
Kigali, quase 200 países adotaram uma solução ambiciosa e de grande alcance
para esta crise iminente”, afirmou Obama.
Fonte: G1
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