domingo, 18 de setembro de 2016

Crise faz número transplantes de órgãos cair em 2016, diz ministério.





O crescimento no número de transplantes perdeu fôlego com a crise econômica e deve crescer em ritmo menor que o número de doadores. A projeção do Ministério da saúde para este ano é de que o transplante de órgãos sólidos caia de 7.772 para 7.550 em relação ao ano passado. Esta é a primeira queda desde 2005. Os dados foram apresentados ontem (17) no lançamento nacional de Doação de Órgãos na Casa Brasil, zona portuária do Rio de Janeiro. A campanha brasileira coincide com a da campanha mundial de doação de sangue.
A coordenadora do Sistema Nacional de Transplante, Rosana Rios Nothem, explicou que, apesar da diminuição desse tipo de transplantes, o crescimento segue sustentável. A projeção do Ministério da Saúde para este ano é 24.182 transplantes, 600 a mais que em 2015. Em 2014, foram 23.227.


“Em um contexto de crise é perfeitamente esperado, os estados estão passando por dificuldades, qualquer modalidade assistencial acaba sofrendo algum revés. E o transplante é uma modalidade assistencial cara, de difícil absorção tecnológica”, disse.



Cerca de 42.523 mil pessoas aguardavam na fila para transplante até 30 de junho deste ano. No ano passado havia 41.236 pessoas na lista de espera.


“Provavelmente os transplantes que demandam tecnologias mais avançadas estão tendo mais dificuldade de serem feitos. Leitos foram fechados em alguns estados e os hospitais de ponta acabaram mais demandados. A capacidade instalada talvez não tenha se conseguido manter por conta dessa situação mais crítica de desabastecimento dos hospitais”, disse. “Isso faz com que a gente tenha que aperfeiçoar as estratégias de cuidado do doador, pois quanto melhor for o órgão que entregarmos, mais tranquilo será para o sistema de saúde administrar esse transplante e o pós-operatório desse transplante”.




Fonte: Agência Brasil


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